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Monday, October 31, 2011

Apenas aumente o volume. Bastante.



Ferrari 599 GTO, Mustang Shelby GT500, Aston Martin DBS, Porsche 911 GT3, Aston Martin DB9, Lamborghini Gallardo LP550-2 Valentino Balboni (nome muito curto, por que não o fizeram maior?), Ford F-150 SVT Raptor, Audi R8 V10… imagine este time berrando em estradas vazias, esmagando costelas nos apoios de banco, causando torcicolos com acelerações estúpidas e pedalas com mãos de concreto nas freadas. Não precisa imaginar. É só entrar neste post e assistir aos vídeos.



A maior parte deles foi produzida pela tradicional revista americana Motortrend. A ideia é excelente: nestas produções, eles dispensaram narrativas, músicas de balançar o esqueleto e cortes pirotécnicos a cada fração de segundo. Os únicos instrumentos são os motores, e as estrelas, suas carrocerias cortando o vento e esfregando borracha no asfalto.

Bem, ao menos, deveria ser assim em todos os vídeos. Infelizmente, alguns dos editores tiveram sacadas geniais – e o resultado são algumas introduções realmente babacas, das quais pouparei vocês indicando o ponto onde começa o que interessa.



Pra aquecer, que tal rasgar uma estrada nos morros californianos a bordo do Mustang Shelby GT500, na cor azul calcinha – ao melhor estilo dos antigos Maverick GT e Mustang Boss? A patada de 550 hp é culpa do V8 de 5,4 litros e um compressor que insiste em provocar o motorista com um zunido infernal, casado ao câmbio manual de seis marchas, com engates tão curtos que é possível trocar as marchas só com um movimento de pulso.



Os carros da Porsche produzem o ronco de seis cilindros mais belo da atualidade, talvez um dos mais belos da história. Principalmente na versão aspirada, caso deste GT3. Este carro te deixa surdo, seus 443 cv e freios com pinças de seis pistões judiam das vísceras, você ganha uma hérnia de disco com a (inexistente) maciez da suspensão e o pedal de embreagem está mais para um aparelho de academia. Ou seja, quase nada poderia ser melhor do que isso.



Este vídeo já foi postado antes . Mas acho que ninguém vai se importar em assistir e ouvir dezenas de Porsche GT3 de competição novamente…



Antes dele, o último Lamborghini de rua tração traseira foi o Diablo GT, em 1999. Seu batismo homenageia o piloto de testes da marca, que se aposentou em 2008 após 40 anos de serviço – Balboni foi contratado em abril de 1968 por Ferruccio Lamborghini, in persona. No último ano de batente, os técnicos da marca perguntaram a ele o que um Lamborghini feito especialmente para ele deveria ter. E o resultado é este cara purista: tração traseira,  câmbio manual, controles de estabilidade reprogramados para serem mais passivos no limite e suspensão mais firme.

Aqui, começa a abobrinha: ignore a música do 2001 e os blablablas do editor, cuja voz varia mais o volume que o meu orçamento quando chegam peças de Dodge, e jogue o vídeo em 1:20. Ali começa o rock’n roll mecânico.



Aqui, temos uma das piores introduções já vistas em um vídeo profissional. O editor quis pagar uma de gatão com o Aston DB9 – e teve mais uma ideia genial: fazer uma música eletrônica combinada com os roncos do carro e sincronizada com cortes de imagem. O resultado? Bem, nossa dica é: jogue aos 2:00, que é onde termina a babaquice e começa a parte interessante.



Mais do mesmo. Gordon Green, o cara que editou este vídeo, nos fez um favor e deixou a voz do editor e seu senso de piadas americano (por mais que eu goste de muscle cars, o humor dos caras é um lixo perto dos ingleses) lá na esquina. Assim, os primeiros 50 segundos não incomodam. E o que vem depois compensa. Tudo bem, o amarelo cai tão bem no Aston Martin DBS quanto a cor da Mary Kay nos Corollas que você vê por aí – mas alguém aqui dispensaria esta versão endiabrada do DB9?



Sou eu que sou chato, ou os caras são mesmo meio bobos? Bem, a primeira já sabemos que é verdade, mas se quiser fazer o tira-teima sobre a segunda pergunta, assista aos primeiros dois minutos do vídeo acima. Para ir direto ao assunto, pule os primeiros 120 segundos e veja o R8 V10 Challenge Extreme Edition (ufa) rasgando passeando de forma pacata nessa estrada, a esta altura do campeonato já decorada por vocês. Ao final do vídeo, a criatividade impera e a música do 2001 aparece novamente.



Eu não sou muito fã de picapes. Centro de gravidade alto, posição de dirigir típica de quando você se senta para conversar com o seu chefe, reações lentas, uma porcaria para estacionar, uma tragédia de se pilotar.



Mas quem disse que a F-150 Raptor é uma picape? Isto é pura violência e testosterona de competição Baja materializada em uma forma que lembra a de uma picape. Claro, alguém vai resmungar que o chassis dela empena. Infelizmente, um veículo desta proposta tem de lidar com proprietários que acham que compraram um tanque de guerra à prova de suas barbeiragens e abusos (note no vídeo do link o nível do coice que a estrutura toma – os caras realmente acham que algum chassi resiste a aquilo) – mas, na boa, as fotos de publicidade da Raptor só estimulam o uso extremo. Aqui se faz, aqui se paga = imagem manchada.



Ferrari 599 GTO. Pare, clique e ouça. Só não esqueça de respirar…

Fonte: jalopnik

Disponível no(a):http://www.jalopnik.com.br

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